Os Sinos da Igreja das Dores
Sinos das Dores
dos detratores
praguejadores
de meus temores
Sinos das dores
dos enforcados
dos condenados
injustiçados
escravizados
Sinos das dores
dos colibris
dos bem-te-vis
dos chauve-souris
dos roedores.
Sinos das dores
de meus temores
de maus humores
de vaticínios
de latrocínios
de morticínios
Sinos das Dores
dos pecadores
praguejadores
Sina das dores
dos redentores.
Pontos y cruzes
Será que sou triste
Será que estou morta
Será que estas cruzes
Que cruzo e descruzo
Que arrasto no rasto
Que mostro no rosto
Será que é caminho
Será que é morte
Será que é o prazo
Cobrado do rastro
Cortado da carne
Mostrado no rosto?
Será que é a morte
Que cruza e descruza
Que passa se apressa
Envolta na vida
Será que é tristeza
Será que estou morta
Será que estou morta?
Poemeto jâmbico cataléctico
Na valsa
Ela dança
Descansa
Segura
No braço
De abraço
Apertado.
Valsando
Rodando
Marcando
A cadência
Da valsa
A dolência
Do afago.
Na dança
balança
Não cansa
Rodando
A esperança
No abraço
Estreitado
Valsando
Rodando
Sonhando
Descansa
A lembrança
Dos braços
Do amado.
Os últimos estertores da Serra do Mar
Paridos
em fogo e lava
jazem os dorsos
dos dinossauros
empedernidos.
O suor da terra
ergue-se em véus
que se desfazem
e se refazem
se acasalam
parindo a chuva
lavando a lava
empedernida
dos duros dorsos
dos dinossauros.
Excelente, Ayalla!
ResponderExcluirUm grande abraço e continua poetando assim,
Marcel Citro
Parabéns, Ayalla. Reitero qaue teus poemas realmente encantam. Lendo "os sinos das dores" veio à mente o fato de que os condenados eram levados a uma forca que existia em frente a igreja em construção. Um deles praguejou que as torres nunca seriam concluídas...
ResponderExcluirAbraços, e continujo aguardando o lançameto de teu livro. Luiz Alberto Rossi
Ayalla querida, parabens!
ResponderExcluirTeus poemas são lindos. Também aguardo o lançamento do livro.
Beijos,
Sandraus
Lindos poemas Lala, beijos
ResponderExcluirQue poemas bons! Se vier livro por aí, quero comprá-lo. Parabéns à poeta.
ResponderExcluirayalla, nunca tinha lido sua poesia: adorei. vc trabalha muito bem as assonâncias e as aliterações, o que acaba dando um ritmo intenso aos versos. e essa intensidade rítmica me lembrou muito você, exemplo de disposição e energia parabéns, pelo modo como faz os poemas e pela maneira como leva a vida!!!!!
ResponderExcluir