Poemínimo 1 ou Choro
mergulho no mar
e saio com os olhos ardendo
um choro imenso
não é meu
Poemínimo 2 ou Espera
ouve
vem vindo o verão
meus ouvidos
são agora
um par de conchas
à espera de um único som
- um só -
que lembre o mar
Poemínimo 3 ou Nada
do teclado estéril
minhas mãos
nada arrancam
nada a dizer-te de bom
nada a proclamar de ruim
apenas o barulho
o
p
e
r
a
c
i
o
n
a
l
das teclas
receba entao só isso
o meu nada possível
Poemínimo 4 ou Concha Vazia
sou concha vazia
na areia, virada para o céu
querendo a brisa
pedindo vento
na espera de ouvir algo
para sair da condição
silente e protegida de concha.
Poemínimo 5 ou Sem acordo
Entre nós dois
o único acordo
é concordar -
não temos um
Poemínimo 6 ou Cega
quem vem lá
pergunta a cega Esperança
para o que nada vem
Poemínimo 7 ou Salvo
Nada a fazer
Salvo
Soluçar poemas
Poemínimo 8 ou Volta
Quando amo
volto a ser
Eu em outro
Sabendo-me
E sabendo ser
O outro
A volta diária
Para minha própria casa.
Só o Poema
A dúvida
sem resposta
repete
O choro
não atendido
rebenta
O prazo
não cumprido
se adia
A dor
negada
insiste
O amor
não dito
perdura
Só o poema
não escrito
prescreve
O Mar
o mar
vomita
ser imenso
rejeita oferendas
devolve flores
recusa velas
o mar
repete ondas
repete mortes
pesadas lágrimas
engole gente
o mar
revolve a raiva
revolta o sal
o mar
repete as ondas
repete aos homens
eu sou
o mar
constante marulhar
do mesmo mantra
o mar
derrama ondas
quebra o silêncio
bradando sempre
e novamente
eu sou
o mar
domingo, 17 de outubro de 2010
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Poemas de Ayalla de Aguiar
Os Sinos da Igreja das Dores
Sinos das Dores
dos detratores
praguejadores
de meus temores
Sinos das dores
dos enforcados
dos condenados
injustiçados
escravizados
Sinos das dores
dos colibris
dos bem-te-vis
dos chauve-souris
dos roedores.
Sinos das dores
de meus temores
de maus humores
de vaticínios
de latrocínios
de morticínios
Sinos das Dores
dos pecadores
praguejadores
Sina das dores
dos redentores.
Pontos y cruzes
Será que sou triste
Será que estou morta
Será que estas cruzes
Que cruzo e descruzo
Que arrasto no rasto
Que mostro no rosto
Será que é caminho
Será que é morte
Será que é o prazo
Cobrado do rastro
Cortado da carne
Mostrado no rosto?
Será que é a morte
Que cruza e descruza
Que passa se apressa
Envolta na vida
Será que é tristeza
Será que estou morta
Será que estou morta?
Poemeto jâmbico cataléctico
Na valsa
Ela dança
Descansa
Segura
No braço
De abraço
Apertado.
Valsando
Rodando
Marcando
A cadência
Da valsa
A dolência
Do afago.
Na dança
balança
Não cansa
Rodando
A esperança
No abraço
Estreitado
Valsando
Rodando
Sonhando
Descansa
A lembrança
Dos braços
Do amado.
Os últimos estertores da Serra do Mar
Paridos
em fogo e lava
jazem os dorsos
dos dinossauros
empedernidos.
O suor da terra
ergue-se em véus
que se desfazem
e se refazem
se acasalam
parindo a chuva
lavando a lava
empedernida
dos duros dorsos
dos dinossauros.
Sinos das Dores
dos detratores
praguejadores
de meus temores
Sinos das dores
dos enforcados
dos condenados
injustiçados
escravizados
Sinos das dores
dos colibris
dos bem-te-vis
dos chauve-souris
dos roedores.
Sinos das dores
de meus temores
de maus humores
de vaticínios
de latrocínios
de morticínios
Sinos das Dores
dos pecadores
praguejadores
Sina das dores
dos redentores.
Pontos y cruzes
Será que sou triste
Será que estou morta
Será que estas cruzes
Que cruzo e descruzo
Que arrasto no rasto
Que mostro no rosto
Será que é caminho
Será que é morte
Será que é o prazo
Cobrado do rastro
Cortado da carne
Mostrado no rosto?
Será que é a morte
Que cruza e descruza
Que passa se apressa
Envolta na vida
Será que é tristeza
Será que estou morta
Será que estou morta?
Poemeto jâmbico cataléctico
Na valsa
Ela dança
Descansa
Segura
No braço
De abraço
Apertado.
Valsando
Rodando
Marcando
A cadência
Da valsa
A dolência
Do afago.
Na dança
balança
Não cansa
Rodando
A esperança
No abraço
Estreitado
Valsando
Rodando
Sonhando
Descansa
A lembrança
Dos braços
Do amado.
Os últimos estertores da Serra do Mar
Paridos
em fogo e lava
jazem os dorsos
dos dinossauros
empedernidos.
O suor da terra
ergue-se em véus
que se desfazem
e se refazem
se acasalam
parindo a chuva
lavando a lava
empedernida
dos duros dorsos
dos dinossauros.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Cinco poemas de César Azevedo
Enoitecidos
Fechou a sacada
E me vestiu de rua
Do lado de dentro
não havia mais lua
Do lado de fora
não havia mais nada
Reciclo
Nasceu
Quis luz
Palavra
Sentido
Do tapa
Um choro
Do lado
Pai-mãe
Cresceu
Quis voz
Resposta
Sucesso
Do nada
Um grito
Do lado
Pai-mãe
Morreu
Quis paz
Silêncio
Perdão
Do sim
Um riso
Do lado
Pai-mãe
Vindita
Um silêncio venenoso
Revolve memórias secas
Onde outrora levitei
Perdido prazer ditoso
No solitário repouso
A vida não manda aviso
Decreta o fatal destino
Do injusto abandono
A sombra percorre o corpo
Fere e foge sem pegadas
Rejeito o sabor amargo
Semente do vão desforço
De improvável sopro súbito
Deixo o largo estado imóvel
Levanto descalço e óbvio
Farejo o teu rastro dúbio
Em nós de vento insensato
Um cais de porto inseguro
Nas docas a ti procuro
Outra qualquer não me basta
Fico à margem esgueirado
Ao ver-te acelero o pulso
Co’a letal adaga em punho
Deito à relva o meu fracasso
Vide verso
Escrevo sem ter porquês
Esse poema benfazejo
Se é tanto o que eu te vejo
E tão nada tu me vês
Abraçado com tais linhas
Sigo a vida na tua ausência
Se morrer de antecedência
Nem saberás que são minhas
Envio-te em forma de carta
Posto dizer não consigo
Queria ser mais que amigo
Amante de cama farta
Não me contentar em ver-te
No acaso de dias escassos
E na sombra dos teus passos
Espreitar chance do flerte
Se é tão nada que me vês
Sabe o quanto eu te vejo
Nesse poema benfazejo
Que escrevo sem ter porquês
Horas de navalha
O homem larga a navalha
De espuma e sangue e barba
Pedaços da própria sorte
Vertem a primeira hora
Vago de incertezas tantas
Enche o frágil pensamento
De ilusão e esperanças
Reveste a pele por dentro
Qual é mais intolerante?
Rua, metrô, livro-ponto
Ou a promessa de infante
que vira deveras sonho?
Nas mesas dos escritórios
Fantasmas cegos e mudos
Batem carimbos inúteis
Desatam tolos imbróglios
Chegado o fim da jornada
Despe o uniforme puído
Veste de volta o menino
E enfim descobre que é nada
O homem pega a navalha
Abre a pele e o pulso rasga
Pedaços da própria sorte
Vertem à última hora
Fechou a sacada
E me vestiu de rua
Do lado de dentro
não havia mais lua
Do lado de fora
não havia mais nada
Reciclo
Nasceu
Quis luz
Palavra
Sentido
Do tapa
Um choro
Do lado
Pai-mãe
Cresceu
Quis voz
Resposta
Sucesso
Do nada
Um grito
Do lado
Pai-mãe
Morreu
Quis paz
Silêncio
Perdão
Do sim
Um riso
Do lado
Pai-mãe
Vindita
Um silêncio venenoso
Revolve memórias secas
Onde outrora levitei
Perdido prazer ditoso
No solitário repouso
A vida não manda aviso
Decreta o fatal destino
Do injusto abandono
A sombra percorre o corpo
Fere e foge sem pegadas
Rejeito o sabor amargo
Semente do vão desforço
De improvável sopro súbito
Deixo o largo estado imóvel
Levanto descalço e óbvio
Farejo o teu rastro dúbio
Em nós de vento insensato
Um cais de porto inseguro
Nas docas a ti procuro
Outra qualquer não me basta
Fico à margem esgueirado
Ao ver-te acelero o pulso
Co’a letal adaga em punho
Deito à relva o meu fracasso
Vide verso
Escrevo sem ter porquês
Esse poema benfazejo
Se é tanto o que eu te vejo
E tão nada tu me vês
Abraçado com tais linhas
Sigo a vida na tua ausência
Se morrer de antecedência
Nem saberás que são minhas
Envio-te em forma de carta
Posto dizer não consigo
Queria ser mais que amigo
Amante de cama farta
Não me contentar em ver-te
No acaso de dias escassos
E na sombra dos teus passos
Espreitar chance do flerte
Se é tão nada que me vês
Sabe o quanto eu te vejo
Nesse poema benfazejo
Que escrevo sem ter porquês
Horas de navalha
O homem larga a navalha
De espuma e sangue e barba
Pedaços da própria sorte
Vertem a primeira hora
Vago de incertezas tantas
Enche o frágil pensamento
De ilusão e esperanças
Reveste a pele por dentro
Qual é mais intolerante?
Rua, metrô, livro-ponto
Ou a promessa de infante
que vira deveras sonho?
Nas mesas dos escritórios
Fantasmas cegos e mudos
Batem carimbos inúteis
Desatam tolos imbróglios
Chegado o fim da jornada
Despe o uniforme puído
Veste de volta o menino
E enfim descobre que é nada
O homem pega a navalha
Abre a pele e o pulso rasga
Pedaços da própria sorte
Vertem à última hora
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Três poemas (Charles Kiefer)
Eu canto
Eu canto o que vi, um dia, fenecer
nesse desfazer-se implacável
que é a vida, o amor, a fome
de outro ser, que se esboroa,
esperança que se esvai em agonia
Eu canto o que vi, e o que passou,
e o que senti, vivi, e o que amei,
que sobra de tudo só o canto triste
de um passado já morto, e que morre
a todo o instante, a desfazer atroz
e inclementemente a vida e o ser.
Amor
Sobre o amor não sei falar.
Ou sei, mas é de outro amor,
mais vasto que este, agregado
à pele, aos ossos, ao corpo.
Sei falar do amor que é negra luz
e fria luz, o centro mesmo do ser
e que irradia a outra luz, a branca
luz, a luz da lógica razão,
e que anuncia a possibilidade
de ultrapassar-se o esperma,
o gozo, o espanto, a noite fria.
E é música sem som, palavra
oca, mas que toca a foca,
a cotovia, o céu da boca e, lá no
alto, o céu da estrela-guia.
Eu o pressinto no olhar de um cão,
num peixe morto sobre a mesa,
num corpo exausto no leito,
ausente e absinto, presente
e vinho, azeite e pão.
Deste amor eu sei falar.
Não me fales de amor
Não me fales de amor, essa ilusão
de tolos incientes que desconhecem
o poder da carne e que à luxúria
creditar precisam guirlandas de flores
e véus esbranquiçados. Não sabem,
estes tolos, que o amor acaba como
o lenho lambido pela chama, e não há
maneira de sustentá-lo aceso?
A carne não, a carne é bem mais forte
e resiste intacta por diversos anos.
Depois, adiante, a carne, sim, fenece,
mas antes, antes há de ser prece
no altar do gozo, e goza o amante
o puro instante, enquanto não chega
a hora vil do abate.
Não me fales de amor, essa tolice
de adolescente, que a confundir
desejo e ágape, se perde em círculos
de cão a mordiscar a própria cauda,
a confundir no espelho de outra
face a própria face imberbe.
O amor não desce à alma, só flutua
na terrível derrisão e movimento
incessante do rio do ser em eterno
movimento; o amor não tece futuro
nem esperança e não sabe construir
pontes entre dois seres diferentes;
o amor não basta nem a si mesmo
e não padece às conjuras dos velhos
feiticeiros; o amor verdadeiro é só
o do erasta, que ama no amante
tão somente o corpo desvalido.
Não me fales de amor, esse balido.
Eu canto o que vi, um dia, fenecer
nesse desfazer-se implacável
que é a vida, o amor, a fome
de outro ser, que se esboroa,
esperança que se esvai em agonia
Eu canto o que vi, e o que passou,
e o que senti, vivi, e o que amei,
que sobra de tudo só o canto triste
de um passado já morto, e que morre
a todo o instante, a desfazer atroz
e inclementemente a vida e o ser.
Amor
Sobre o amor não sei falar.
Ou sei, mas é de outro amor,
mais vasto que este, agregado
à pele, aos ossos, ao corpo.
Sei falar do amor que é negra luz
e fria luz, o centro mesmo do ser
e que irradia a outra luz, a branca
luz, a luz da lógica razão,
e que anuncia a possibilidade
de ultrapassar-se o esperma,
o gozo, o espanto, a noite fria.
E é música sem som, palavra
oca, mas que toca a foca,
a cotovia, o céu da boca e, lá no
alto, o céu da estrela-guia.
Eu o pressinto no olhar de um cão,
num peixe morto sobre a mesa,
num corpo exausto no leito,
ausente e absinto, presente
e vinho, azeite e pão.
Deste amor eu sei falar.
Não me fales de amor
Não me fales de amor, essa ilusão
de tolos incientes que desconhecem
o poder da carne e que à luxúria
creditar precisam guirlandas de flores
e véus esbranquiçados. Não sabem,
estes tolos, que o amor acaba como
o lenho lambido pela chama, e não há
maneira de sustentá-lo aceso?
A carne não, a carne é bem mais forte
e resiste intacta por diversos anos.
Depois, adiante, a carne, sim, fenece,
mas antes, antes há de ser prece
no altar do gozo, e goza o amante
o puro instante, enquanto não chega
a hora vil do abate.
Não me fales de amor, essa tolice
de adolescente, que a confundir
desejo e ágape, se perde em círculos
de cão a mordiscar a própria cauda,
a confundir no espelho de outra
face a própria face imberbe.
O amor não desce à alma, só flutua
na terrível derrisão e movimento
incessante do rio do ser em eterno
movimento; o amor não tece futuro
nem esperança e não sabe construir
pontes entre dois seres diferentes;
o amor não basta nem a si mesmo
e não padece às conjuras dos velhos
feiticeiros; o amor verdadeiro é só
o do erasta, que ama no amante
tão somente o corpo desvalido.
Não me fales de amor, esse balido.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Três poemas (Naiana Ramos Alberti)
1.
o longe
é sempre paisagem
2.
Há tanto o que combinar
Há tanto o que combinar:
a música na poesia do dia
a palavra no verso da vida
e o desejo
em todo momento
de existir inteiro
Há beijos
que soltos se enlaçam
uns aos outros...
Há pernas
que tolas se amarram
umas nas outras...
Há tanto o que combinar:
as ondas na orla do dia
a palavra na prosa da vida
e o desejo
em todo momento
de existir inteiro
Há olhos
que lassos se entregam
uns aos outros...
Há mãos
que vazias se enchem
umas das outras...
Há tanto o que combinar:
a sede na fome do dia
a palavra no descanso da vida
e o desejo
em todo momento
de existir inteiro
Há pensamentos
que ditos se unem
uns aos outros...
Há roupas
que rotas se tocam
umas às outras...
Há tanto o que combinar:
os caminhos no fim do dia
a palavra no cheiro da vida
e o desejo
em todo momento
de existir inteiro
Há tanto o que combinar...
3.
Passo
Passou o dia por mim
a história já feita
com seus segundos
em meus ponteiros
O dia foi lento
arrastado
vagaroso
(no meu pensar)
Passa a noite em mim
a história por contar
com seus segredos
em meus ouvidos
A noite é vasta
imensa
clara
(no meu pesar)
o longe
é sempre paisagem
2.
Há tanto o que combinar
Há tanto o que combinar:
a música na poesia do dia
a palavra no verso da vida
e o desejo
em todo momento
de existir inteiro
Há beijos
que soltos se enlaçam
uns aos outros...
Há pernas
que tolas se amarram
umas nas outras...
Há tanto o que combinar:
as ondas na orla do dia
a palavra na prosa da vida
e o desejo
em todo momento
de existir inteiro
Há olhos
que lassos se entregam
uns aos outros...
Há mãos
que vazias se enchem
umas das outras...
Há tanto o que combinar:
a sede na fome do dia
a palavra no descanso da vida
e o desejo
em todo momento
de existir inteiro
Há pensamentos
que ditos se unem
uns aos outros...
Há roupas
que rotas se tocam
umas às outras...
Há tanto o que combinar:
os caminhos no fim do dia
a palavra no cheiro da vida
e o desejo
em todo momento
de existir inteiro
Há tanto o que combinar...
3.
Passo
Passou o dia por mim
a história já feita
com seus segundos
em meus ponteiros
O dia foi lento
arrastado
vagaroso
(no meu pensar)
Passa a noite em mim
a história por contar
com seus segredos
em meus ouvidos
A noite é vasta
imensa
clara
(no meu pesar)
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Transformação (Charles Kiefer)
A vida perpetuamente
é
inacabada
Nada posto,
nada
pré-fixado
O fado
não é o que foi
nem o porvir
O fado
é o momento
mesmo em seu devir
Se o amor cessou
é só descer
ao fundo do poço
e tornar a subir,
até encontrar
o fim de um novo ciclo,
e – Sísifo – tudo outra
vez recomeçar
A vida perpetuamente
é
inacabada
O nada é um não-lugar
que só a morte pode dar
se o outro lado não for
só o avesso deste lado
é
inacabada
Nada posto,
nada
pré-fixado
O fado
não é o que foi
nem o porvir
O fado
é o momento
mesmo em seu devir
Se o amor cessou
é só descer
ao fundo do poço
e tornar a subir,
até encontrar
o fim de um novo ciclo,
e – Sísifo – tudo outra
vez recomeçar
A vida perpetuamente
é
inacabada
O nada é um não-lugar
que só a morte pode dar
se o outro lado não for
só o avesso deste lado
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